Os primeiros raios de sol
aquecem-me o corpo
moribundo
Parece que te sinto,
suavemente,
a deslizar sobre o corpo que habito
num gesto de ternura e paixão
Vejo-te em todos os recantos de mim
como dádiva divina
como se as ondas do mar
que agora me molham os pés
lavassem tudo o que enegrece a minha alma
para que eu acreditasse, enfim,
que alguém me amava
Uma gaivota grita o seu piar
e acordo do que julgo sonhar
mas tu... teimas em ficar
e guardo-te novamente
nos recônditos do meu ser
para enganar o tempo
que teima em levar-te de mim
Penso no que és para mim
e no que fui para ti
afogo-me no que poderia ter feito
e no pensamento
de que tudo podia ter sido diferente
e num gesto repetido
deixo-me ficar só
a respirar lentamente
e sem me dar conta
perco as asas que me deste...
Foto: Internet
1 comentário:
Sensível e lindo poema, quase dá para sentir ...
beijos
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