O ser e o não ser
correm sobre a linha do destino
rasgando o infinito!
Sabe-se lá se têm um fim,
ou se o que julgo ser
será apenas mito?
Homem não é tempo, nem figura,
apenas é projecto,
condenado à procura,
sabendo apenas que é, neste momento,
e o mais
como um surgir perene e incompleto,
se esfuma sempre informe na lonjura.
Alguém o fez, centro de tudo e nada,
condenado a crescer,
e a abominar o apagamento...
No cais
de uma viagem de surpresas,
memórias de uma crença adivinhada,
véstia de um cruel convencimento,
fazem a razão suposta do viver
ou do morrer...
Minha pobre razão ensoberbada,
tão certa de incertezas,
que farei dos dias meus?!
De um lado alienação e esquecimento,
do outro lado Deus!
(Luís Rosa, in Poemas de Amar e Pensar um Pouco)
Imagem: Google
1 comentário:
forte... talvez por ser verdade...
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